Logo em seguida frei Odair continuou sua partilha nos
falando sobre o perfil de Mateus de Bascio e lembrou que Mateus foi admitido como noviço clérigo
entre os franciscanos Observantes e fez opção pelo sacerdócio, preferia o
conhecimento das Sagradas Escrituras porque nelas encontrava alimento para sua
vida interior. Como frade era um tipo solitário, mudo, austero. Depois de ordenado,
soltou a língua e dedicou-se a pregação popular. Suas palavras eram
acompanhadas de misericórdia, pronto a oferecer conforto espiritual e material
aos necessitados. Teve a oportunidade de demonstrar sua caridade quando
estourou a peste em Camerino, em 1523, tornando-se conhecido da duquesa
Catarina Cybo que mais tarde se tornou sua protetora e defensora da Ordem. O frei
Odair nos relatou que era do estilo de Mateus andar descalço, sozinho, vestindo
um hábito curto, remendado, grosso e vil, com capuz pontiagudo. Sua atividade
pública consistia na livre pregação e de estilo penitencial, com o enérgico
objetivo de lembrar os míseros pregadores a dramática gravidade da salvação,
pois sua condição certamente os teria
levado á condenação eterna. Ele sempre gritava “ao inferno! Ao inferno!
Em seguida pudemos viajar em suas palavras e assim conhecer um pouco o trabalho árduo de nossos primeiros irmãos capuchinhos como exemplo, a maneira com que pregavam, ou como atendiam confissões, ou como atuavam junto aos empestados enfermos, junto aos soldados como também na defesa da fé católica ou no anúncio aos novos cristãos e até mesmo nas missões no “Novo Mundo”.
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