segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INICIANDO UMA NOVA SEMANA



          No dia 28 de janeiro tivemos a visita do Ministro Provincial da Província Capuchinha do Brasil Central, Frei Claudio Fumegalli  e também do Frei Carlos Maria Chistolini, italiano que está na vice-província do Amazonas, na cidade de Assunção do Içana e que por estes dias esteve realizando o curso para missionários no Centro Missionário em Brasília – DF. Ambos nos relataram um pouco sobre os trabalhos e experiências desempenhas nos últimos tempos.
          Logo em seguida frei Odair continuou sua partilha nos falando sobre o perfil de Mateus de Bascio e lembrou  que Mateus foi admitido como noviço clérigo entre os franciscanos Observantes e fez opção pelo sacerdócio, preferia o conhecimento das Sagradas Escrituras porque nelas encontrava alimento para sua vida interior. Como frade era um tipo solitário, mudo, austero. Depois de ordenado, soltou a língua e dedicou-se a pregação popular. Suas palavras eram acompanhadas de misericórdia, pronto a oferecer conforto espiritual e material aos necessitados. Teve a oportunidade de demonstrar sua caridade quando estourou a peste em Camerino, em 1523, tornando-se conhecido da duquesa Catarina Cybo que mais tarde se tornou sua protetora e defensora da Ordem. O frei Odair nos relatou que era do estilo de Mateus andar descalço, sozinho, vestindo um hábito curto, remendado, grosso e vil, com capuz pontiagudo. Sua atividade pública consistia na livre pregação e de estilo penitencial, com o enérgico objetivo de lembrar os míseros pregadores a dramática gravidade da salvação, pois sua condição certamente  os teria levado á condenação eterna. Ele sempre gritava “ao inferno! Ao inferno!

          Frei Odair nos lembrou também que o nome de Mateus não aparece junto ao de Ludovico e de Rafael como destinatário da bula Religionis Zelus, porque somente os dois estavam presentes na corte pontifica de Viterbo quando se obteve o documento de aprovação. Há, porém outro aspecto importante: frei Mateus não tinha pretensão de arrebanhar seguidores e nenhuma propensão para se ocupar dos aspectos jurídicos da organização da vida religiosa.  Nos afirmou também que mesmo que nós capuchinhos hoje não entendamos mais a pessoa de frei Mateus como fundador da nossa Reforma, não podemos perder de vista o significado metafórico que sua figura tem para a nossa vida de reformados na Igreja “sempre reformanda”, como afirmou Paulo VI.


          Em seguida pudemos viajar em suas palavras e assim conhecer um pouco o trabalho árduo de nossos primeiros irmãos capuchinhos como exemplo, a maneira com que pregavam, ou como atendiam confissões, ou como atuavam junto aos empestados enfermos,  junto aos soldados como também na defesa da fé católica ou no anúncio aos novos cristãos e até mesmo nas missões no “Novo Mundo”.

          Ao final do dia, tivemos a alegria e coragem de renovar nosso compromisso como frades capuchinhos durante celebração Eucarística presidida por Frei Odair.

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