quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

COMO REALIZAR A ANIMAÇÃO VOCACIONAL NA PERSPECTIVA DA INICIAÇÃO CRISTÃ


Na tarde do dia 29 de janeiro de 2013, o Frei Sebastião José da Província do Rio de Janeiro, deu inicio a apresentação do tema: “Como realizar a Animação Vocacional na perspectiva da Iniciação Cristã”.

Começou enfatizando que o trabalho de animação vocacional na historia da igreja é recente, por volta dos anos cinquenta é que começam as primeiras iniciativas de um trabalho especifico e refletido de acompanhamento das vocações, já que antes, os candidatos eram de forma muito cedo, recebidos nos conventos e sem uma preparação especifica sobre o sentido do chamado e a importância das diversas vocações eram acolhidos. Uma das iniciativas para afirmar a nova perspectiva do acompanhamento dos jovens, foi a criação do mês vocacional que acontece em outubro e dos congressos vocacionais a nível das paroquias e dioceses.

Quando se referiu ao trabalho vocacional, afirmou que é uma atividade essencial que não pode ser improvisada. Os animadores vocacionais precisam estar sempre atentos e com material atualizado. A animação vocacional é prioridade em nossa vida.

Lembrou que o “querer” é muito caro a Francisco e que nós, seguidores, também devamos estar sempre interagindo e dinamizando na comunicação entre circunscrições conhecendo o trabalho de cada província e nos adequando para que nosso trabalho seja sempre melhor, seja ao menos satisfatório.

E ainda:

“Ajudar ao jovem a discernir um projeto de vida para ele”.
“O vocacionado faz parte da formação, é um formando nosso”.
“O animador vocacional é um formador de consciência”.

Na sequencia, frei Sebastião apresentou algumas definições dos termos iniciação e animação vocacional 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

IDENTIDADE E VALORES DA VIDA FRANCISCANO-CAPUCHINHA: CONTEXTUALIZAÇÃO, ELEMENTOS HISTÓRICOS E FONTES.

No dia 29 de janeiro de 2013, Frei Odair Verussa continuou a sua explanação sobre o tema da  “Identidade e valores da vida franciscano-capuchinha: Contextualização, elementos históricos e fontes”.  Encerrando a sua participação no curso, frei Odair, apresentou alguns valores fundamentais da identidade capuchinha que devem ser resgatados, que são:

 - Vida de Oração – especialmente a oração mental e contemplativa.
 - Espírito de minoridade – pobreza radical pessoal e comunitária, austeridade de vida e penitencia alegre.
 - Fraternidade cordial entre nós - e aberta para fora, para os pobres, os pequenos: o capuchinho na história foi sempre mestre das relações com todas as classes sociais, conservando a própria identidade, também nos sinais externos.
 - Dinamismo apostólico - evangelização e espírito de serviço;


 - Uso do hábito – O nosso hábito, recebido na vestição ou na primeira profissão, é a veste distinta na Ordem. Seu uso precisa se ater aos critérios da pluriformidade.

Todos os irmãos foram chamados a partilhar as suas experiências pessoais e provinciais sobre quais elementos do carisma capuchinho estão presentes em nossa casas e pastorais. Uma outra questão foi como resgatar alguns valores que estão enfraquecidos na vivencia pessoal e como propormos aos demais irmãos da ordem e aos jovens que tem o desejo de ser um Frade Menor Capuchinho.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INICIANDO UMA NOVA SEMANA



          No dia 28 de janeiro tivemos a visita do Ministro Provincial da Província Capuchinha do Brasil Central, Frei Claudio Fumegalli  e também do Frei Carlos Maria Chistolini, italiano que está na vice-província do Amazonas, na cidade de Assunção do Içana e que por estes dias esteve realizando o curso para missionários no Centro Missionário em Brasília – DF. Ambos nos relataram um pouco sobre os trabalhos e experiências desempenhas nos últimos tempos.
          Logo em seguida frei Odair continuou sua partilha nos falando sobre o perfil de Mateus de Bascio e lembrou  que Mateus foi admitido como noviço clérigo entre os franciscanos Observantes e fez opção pelo sacerdócio, preferia o conhecimento das Sagradas Escrituras porque nelas encontrava alimento para sua vida interior. Como frade era um tipo solitário, mudo, austero. Depois de ordenado, soltou a língua e dedicou-se a pregação popular. Suas palavras eram acompanhadas de misericórdia, pronto a oferecer conforto espiritual e material aos necessitados. Teve a oportunidade de demonstrar sua caridade quando estourou a peste em Camerino, em 1523, tornando-se conhecido da duquesa Catarina Cybo que mais tarde se tornou sua protetora e defensora da Ordem. O frei Odair nos relatou que era do estilo de Mateus andar descalço, sozinho, vestindo um hábito curto, remendado, grosso e vil, com capuz pontiagudo. Sua atividade pública consistia na livre pregação e de estilo penitencial, com o enérgico objetivo de lembrar os míseros pregadores a dramática gravidade da salvação, pois sua condição certamente  os teria levado á condenação eterna. Ele sempre gritava “ao inferno! Ao inferno!

          Frei Odair nos lembrou também que o nome de Mateus não aparece junto ao de Ludovico e de Rafael como destinatário da bula Religionis Zelus, porque somente os dois estavam presentes na corte pontifica de Viterbo quando se obteve o documento de aprovação. Há, porém outro aspecto importante: frei Mateus não tinha pretensão de arrebanhar seguidores e nenhuma propensão para se ocupar dos aspectos jurídicos da organização da vida religiosa.  Nos afirmou também que mesmo que nós capuchinhos hoje não entendamos mais a pessoa de frei Mateus como fundador da nossa Reforma, não podemos perder de vista o significado metafórico que sua figura tem para a nossa vida de reformados na Igreja “sempre reformanda”, como afirmou Paulo VI.


          Em seguida pudemos viajar em suas palavras e assim conhecer um pouco o trabalho árduo de nossos primeiros irmãos capuchinhos como exemplo, a maneira com que pregavam, ou como atendiam confissões, ou como atuavam junto aos empestados enfermos,  junto aos soldados como também na defesa da fé católica ou no anúncio aos novos cristãos e até mesmo nas missões no “Novo Mundo”.

          Ao final do dia, tivemos a alegria e coragem de renovar nosso compromisso como frades capuchinhos durante celebração Eucarística presidida por Frei Odair.

sábado, 26 de janeiro de 2013

OS PRIMEIROS CAPUCHINHOS


No dia 26 de janeiro de 2013, o frei Odair Verussa, apresentou aspectos dos primeiros anos da Reforma Capuchinha dando ênfase a vida do frei Matheus de Bascio e os Frades Rafael e Ludovico de Fossombrone.

Após ter apresentado o contexto histórico que precedeu e influenciou a reforma, o frei Odair apresentou como principal motivo que gerou a reforma: “O verdadeiro motivo da reforma foi a incontida necessidade de viver com maior fidelidade a Regra Franciscana, professada e expressa na pessoa de São Francisco como modelo de vida para o frade menor”.

A austeridade com que os primeiros frades viviam, aparece como uma das características marcantes, que fizeram com que os Capuchinhos ganhassem elementos em sua forma de viver o carisma franciscano, que os diferenciavam dos demais ramos da família franciscana até então, como expressou o frei Odair em suas palavras “a tendência rigorista que a Reforma Capuchinha vem resgatar não somente como grupo dentro dos Conventuais ou da Observância, mas como uma família independente e com características próprias”.

Outros elementos apresentados pelo frei como constitutivos dos primórdios da ordem, e que concederam a mesma, um perfil de vida eremitica franciscana, foram:

Observância estrita da regra e do Testamento;
Viver  radicalmente a pobreza;
Austeridade;
A oração;
A solidão;
Pregação itinerante.

Em seguida, foi exposta uma série de datas e elementos importantes da história Capuchinha, entre eles: A Bula “Religionis Zelus” em 1528, Capítulo e Ordenações de Albacina em 1529, a rápida expansão da ordem, as lutas pela sobrevivência da nova ordem, A consolidação da reforma Capuchinha no capítulo de 1535/ 1536, as mulheres defensoras dos Capuchinhos e o perfil do frei Mateus de Bascio.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Presença do Frei Odair Verussa, OFMCAP

          Frei Odair Verussa frade Capucuhinho da Província de São Paulo. Teve início no período da tarde da sexta-feira, dia 25 de janeiro, solenidade da Conversão de São Paulo. Frei Odair começou por ressaltar a fundamental importância de valores permanentes e fez memória a inúmeros santos a começar por São Francisco de Assis e em contrapartida, nos lembrou que em determinados momentos e lugares, podemos nos distrair e buscar valores superficiais, externos. Da mesma forma, inúmeros jovens que nos procuram e querem viver como nós, podem estar enganados em relação a fé. Pode ser uma fé imatura e superficial ligada a situações momentâneas e lembrou até mesmo das situações em que o próprio Jesus foi seguido e acompanhado, simplesmente porque eles queriam um “milagreiro”, um “curandeiro” ou mesmo, como aquele que matava a fome do povo e resolvia os problemas imediatamente. Mas deixou bem claro que Jesus não aceitou tal situação e que assim também deve ser nossa vida ao observarmos e acolhermos tais jovens em nossas casas, em nossa vida.

          Em sua reflexão ele lembrou que nossa fé, nosso carisma, o nosso modo de expressão religiosa e inúmeras expressões culturais sofreram e sofrem influencias dos antigos. Ressaltou a influencia e importância da cultura grego-romana sobre diversos povos e culturas. Valores adquiridos e que determinam ainda hoje inúmeros comportamentos e costumes. E assim, ele cita inúmeros pensadores, filósofos, teólogos dos antigos aos atuais.    
     
          Contextualizando a Reforma Capuchinha ele se referiu e esclareceu situações e motivações semelhantes, tanto com os capuchinhos quanto aos luteranos (referindo-se ás indulgências, não somente como denúncia mas como uma melhor teologia e a gratuidade divina), que buscaram maneiras de voltarem ás origens. Lembrou o modo como Francisco de Assis reformou a Igreja sem agredir, sendo submisso, obediente, humilde ao extremo, o que o torna convincente e que arrasta multidões.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

INICIAÇÃO A PARTIR DA ANTROPOLOGIA CULTURAL


Dando continuidade a sua reflexão sobre a Carta do Ministro Geral sobra a formação inicial, o Frei Mariosvaldo fez um resgate histórico dos Capítulos Gerais da Ordem, posteriores a  introdução do termo initiatio nas Constituições Capuchinhas e apresentou a busca da distinção entre os termos formação (dar forma) e initiatio, e a oscilação na compreensão dos dois termos durante este período. 

Os estudos apresentados tiveram como base os escritos dos frades: frei Ottaviano Schmucki OFMCap, frei Lazzaro Iriarte OFMCap, frei Teobaldo OFMCap e do IV Conselho Plenário da Ordem(CPO) e o Capitulo Geral de 1982. Frei Mariosvaldo ressaltou que por vezes o que aconteceu nestes documentos foi uma “dupla nomenclatura com uma justaposição de duas mentalidades diferentes”.

“Os frades foram unanimes na aprovação, mas não estavam conscientes da sua implicação com a respectiva mudança de paradigma”, ressaltou Frei Mariosvaldo, se referindo ao termo iniciação.   

A partir da discussão gerada pela exposição do tema, os frades virão a necessidade e a importância da elaboração de uma ratio formationis para a Ordem Capuchinha.

Iniciação base da antropologia cultural.

Para compreender o termo iniciação através da leitura da antropologia cultural o palestrante fez uso dos seguintes pensadores com as mais distintas compreensões do termo iniciacão:

Mircea Eliade, Conjunto de ritos e de ensinamentos orais, cuja finalidade é produzir uma radical modificação da condição religiosa e social da pessoa que deve ser iniciada.
Walter O. Kaelber – O termo iniciação implica um novo inicio, um novo começo, como indica o termo latino que lhe dá origem: Initium.
Bruce Lincoln – A função do rito de iniciação é aquela de criar um individuo adulto.
Bruno Tellia – Processo mediante o qual se transmite a um novo membro de um grupo social os valores, normas e atitudes.
Casiano Floristaán – A iniciação é uma aprendizagem de normas, valores símbolos e comportamentos.
Afonso Maria di Nola – Iniciação é uma palavra do vocabulário sagrado latino que indica a cerimônia pela qual se “entra”em um grupo determinado.

Em seguida o frei Mariosvaldo apresentou os três principais tipos  de compreensão do termo  iniciação:

Ritos de transição da infância o da adolescência a idade adulta;
Ritos de ingresso em uma sociedade secreta;
Ritos em conexão com uma vocação mística (xamã, bruxo pajé e sacerdote).

Foi também apresentado um vídeo com diversos rituais de iniciação de grupos indígenas de varias partes do mundo, onde pode ser visto deforma destacada que os rito de passagem estão todos ligados a duras provas.

No que diz respeito as tribos afirma o frei: “O segredo da origem se transmite na iniciação”. E em sua fala frei Mariosvaldo ainda destacou:
“Os ritos de iniciação estão disseminados em toda terra, não existe grupo humano que não se preocupe em fazer isso”.
“Não existem uma iniciação totalmente igual a outra em culturas diferentes.
“Não existe iniciação na antropologia cultural sem provas difíceis”.
“Não existe iniciação sem liturgia, sem rito, o ser humano precisa do rito”.
“Um grupo que não tem um conjunto coeso e coerente de verdades não se mantém. No nosso caso seria o carisma”.

Alem disso o frei também apresentou alguns elementos do rito de iniciação de alguns grupos humanos, tais como: na maçonaria, exercito, gangues, provação dos Jesuítas, provação capuchinha antes da reforma de 1968.

MEMBROS DA SCHOLA FRATRUM 2013


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

SOBRE O TERMO "FORMAÇÃO INICIAL"


Frei Mariosvaldo lembrou que quando foi sugerido pela Santa Sé (Decreto Perfectae Caritatis), em 1965, que as Congregações fizessem uma atualização de suas constituições e que buscassem uma reformulação na busca do sentido original, nós, os frades capuchinhos, já havíamos começado.  Em sua fala, ele explicou os motivos e situações em que inúmeras nomeclaturas referentes à nossa vida, sofreram alterações na busca de adequá-las á diversas culturas sem perder a originalidade. Como exemplo ele citou o caso do “tempo de prova” que significou “Iniciação, formação e perseverança” sugerido pelo frei Optatus, membro da equipe revisora.

Depois de muitas discussões e muitos ajustes foi pensando novas nomeclaturas. Logo, todo o tempo de instrução foi denominado de ‘tempo de iniciação’. Tal referência ao processo de formação tem fundamento na ideia de ‘iniciação cristã’ muito comum a todos. Assim, não mais ‘probatum’, mas ‘iniciatum’ aprovado para as Constituições de 1968.

REACENDAMOS A CHAMA DO CARISMA

Sobre a Carta Circular do Ministro Geral, Frei Muro Jöhri, a todos os Frades da Ordem Sobre a Formação Inicial: “Reacendamos a chama do nosso carisma”!

Assessorado por Frei Mariosvaldo, OFMCap. o segundo dia da Shola fratum começou com a celebração Eucarística. A Sagrada Liturgia nos fez caminhar com Jesus e seus discípulos que colhiam trigo em dia de sábado. Percebemos a partir do Evangelho que não devemos fixar em somente normas. Elas existem e fazem parte da vida. Como um carro que tem o velocímetro para conferirmos a velocidade e não passarmos do necessário. Entretanto, o instrumento não pode ser absolutizado. Assim, também são nossas estruturas e documentos. Sem eles perdemos o rumo, mas absolutizá-los e não saber reler os tempos também é se perder.

Como formadores devemos ter esse discernimento. Saber utilizar o que temos em favor da formação e do Evangelho.

A “Carta Circular a todos os Frades da Ordem Sobre a Formação Inicial” iluminou as reflexões. Segundo Frei Mariosvaldo, essa carta foi e é um marco na Ordem. Ela foi a abertura para quebras de paradigmas e ainda é atual, precisamos sempre revê-la.

A partir de dados observáveis o Ministro Geral, Frei Mauro, apresenta algumas urgências que fazem-se necessárias refletirmos a começar pelo questionamento fundamental sobre a missão: “Onde está o espírito missionário dos capuchinhos que moveu a Ordem pelos séculos?” Isso deve ser retomado, lembrando-se dos primeiros irmãos capuchinhos que, buscando uma vida mais radical, foram para os eremitérios, e surgindo a necessidade de cuidar das pessoas que sofriam com a epidemia de peste, saíram e foram sem medo ao encontro das pessoas e inúmeros morreram. E foi justamente a isso que sobrevivemos como nova presença franciscana no mundo.

Na carta, o Ministro Geral lembra ainda dos projetos pessoais e dos fraternos. Os primeiros não devem estar acima dos fraternos. Devemos ter consciência que ao entrarmos na Vida Consagrada renunciamos projetos em prol de algo maior. A clareza do que se quer se faz fundamental na caminhada franciscano-capuchinha.

Os trabalhos manuais e domésticos também são uma atividade salutar. Corre-se o risco de ter muitos funcionários e acostumarmos sempre a ser servidos. Nesse caso o espírito de serviço e doação fica apagado e a doação de si mesmo parece ser um escândalo. A identidade de irmãos menores, nesse caso, se torna insistência.

O Frade Menor Capuchinho é chamado a reconhecer que a meta última da opção de vida é seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Francisco de Assis depois de sua conversão, jamais deixou esse seguimento. Nosso Pai Seráfico é modelo e exemplo para nós.

Na vivencia fraterna e de minoridade, frei Mariosvaldo lembra que o Ministro Geral deixa claro que, a contemplação é fundamental. Como atingir e deixar o Espírito agir se não paramos? Se gastamos tempo demais com os meios de comunicação (TV, internet, etc)? É preciso viver a contemplação para que o nosso DNA (sempre se renovar, continua busca) apareça e frutifique. Ou seja, é preciso:

ü  Vida fraterna em minoridade;
ü  Contemplação;
ü  Aproximar e viver “com e como” os pobres;
ü  Cultivar o carisma da renovação contínua.
São esses os elementos fundamentais do nosso carisma franciscano-capuchinho.

Mas como transmitir esses valores durante a Formação Inicial? Frei Mariosvaldo, afirma que a formação inicial tem o compromisso de mostrar os valores para ser incorporados. Isso se apresentada aproximando aos poucos. Mas é necessário confrontar para que o candidato à nossa vida capuchinha amadureça e assuma a ‘fé adulta’.

O formador deve exercer uma “paternidade psíquica e espiritual”. Para frei Mariosvaldo, alguns fazem confusão com a ideia  de que todos devem ser “irmãos/iguais”.
Outra questão que Frei Mariosvaldo aprestou foi sobre o objetivo de acompanhar o canditado. Ter em mente que se os valores da etapa não foram incorporandos não se deve passar o candidato para a próxima etapa. É necessário dar uma ‘medicina’ para ajudar no amadurecimento. Em grande parte é preciso confrontar o formando. Então, o papel de ‘paternidade’ madura, que leva a pessoa ao mistério, a entrega total, é necessária e preciso para que ocorra a transmissão de valores.

O formador precisa confrontar o formando em diversos temas. Caso ele se omita, o candidato não entenderá o processo. Para que conheça o caminho o jovem deve escutar o que aquela equipe formativa vê e aponta. Algumas coisas devem ser ditas claramente. Avaliações, conversas, partilhas, para que no fim de cada etapa possa se dar uma resposta coerente para os candidatos.

Tudo isso faz parte do processo iniciático que vai se desenrolar nas etapas formativas: postulantado, noviciado e pós-noviciado.
O tempo do pós-noviado não é em sua essência período para estudo acadêmico. Entretanto, para a maioria das províncias o comum é estudo para o presbiterato. A fraternidade acaba girando em torno da universidade. Quanto isso acontece a formação capuchinha parece terminar no noviciado. Pensar a formação presbiteral depois do pós-noviciado se apresenta como um absurdo em um contexto clerical. Para o ministro geral é preciso distinguir claramente a formação pra o sacerdócio e para uma profissão. A formação para nossa vida deve ter possibilidade absoluta.

Segundo Frei Mariosvaldo, no Brasil as circunscrições estão todas adequadas, no pós-noviciado, ao horário das universidades. Com diferenciações, mas normalmente focadas na formação para o sacerdócio. Alguns têm experiência de um intervalo entre a filosofia e a teologia, de um ou dois anos, mas, ele lembra que isso ainda não responde adequadamente a formação especificamente para nossa vida. Parece ser o início de uma tentativa de aprofundar nosso carisma franciscano-capuchinho. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A SCHOLA FRATRUM


ORDEM DOS FRADES MENORES CAPUHINHOS
CCB - Conferência dos Capuchinhos do Brasil                   

Começou hoje, dia 21 de janeiro de 2013 a primeira etapa do CURSO DE FORMAÇÃO DOS FORMADORES “SCHOLA FRATRUM” em Hidrolândia – GO.
A Schola Fratrum tem como objetivo geral favorecer e possibilitar a experiência de um processo de formação contínuo aos frades que estão trabalhando nas diversas etapas de nossa vida franciscano-capuchinha tendo como eixo central nossa IDENTIDADE.
E como objetivos específicos, capacitar os atuais e futuros formadores no serviço formativo franciscano capuchinho como também favorecer a vivência, a partilha e a integração fraterna entre os frades envolvidos no processo formativo da CCB (Conferência dos Capuchinhos do Brasil). 

sábado, 19 de janeiro de 2013

Abertura Schola Fratrum 2013

No dia 21 de janeiro de 2013 teve inicio a primeira etapa da Scola Fratrum da turma dos anos 2013/2014.

A Schola Fratrum é uma iniciativa da Conferência dos Capuchinhos do Brasil (CCB) e é um Curso de Formação para Formadores Capuchinhos. O curso está sendo realizado na casa de Cursos e Retiros São Leopoldo Mandic da Província Nossa Senhora de Fátima do Brasil Central, localizada na cidade de Hidrolândia/GO. Estão presentes no curso 27 frades que representam 10 das 12 circunscrições do pais.

A equipe de coordenação, composta pelos frades Denilson,Gerson, Evaldo e Evandro abriram os trabalhos com um momento orante que teve como ponto central a frase iluminadora “irmão reacendamos a chama do carisma”.

O vice-provincial da Província do Brasil central o frei João Rodrigues, saudou os presentes em nome da Conferencia dos Capuchinhos do Brasil (CCB) e falou um pouco sobre as iniciativas anteriores da conferencia no que diz respeito a formação dos formadores e desejou a todos um bom e proveitoso encontro.

Logo após uma breve apresentação dos participantes os presentes foram divididos em grupos para manifestarem as suas expectativas com relação ao encontro.

No período da tarde todos apresentaram as realidade na qual cada província se encontra no tocante as diversas etapas da formação.